sábado, 26 de junho de 2010

Balança mais não cai!

Essa é velha, todo mundo já sabe. Então nem vale a pena contar. Bye! Fui!
Opa! Você não soube? O Wilian Bonner e a Fátima Bernardes não te contaram no Jornal Nacional? Ahh!! Come on!/Franchement!/fala sério! A copa está tomando todo o espaço.
Um terremoto de 5...eu disse 5 graus na escala Hisch...Hisht...como é mesmo? Perainda que eu vou pescar na Internet. Xiii!!! Seria Richter, mas a escala dele está obsoleta. Pois bem, foi de magnitude 5, quase o mesmo que devastou o Haiti, que foi de magnitude 7! Um terror! O epicentro foi a 50Km de Ottawa. As cenas que passaram no noticiário são chocantes! Um aquário que chegou a derramar um pouco de água, um supermercado que ficou com uns sacos de batatas fritas no chão, e no parlamento, um político teve que interromper o discurso para evacuarem...(não se precipitem! Esperem o final da frase) ...o prédio.
É, eu não sei fazer sensacionalismo. O fato é que foi o mais forte em 20 anos, mas não foi tão sério assim. Magnitude 5 só consegue rachar construções bem velhas, que só mostraram um caso, e dá uma balançada. Em Montréal, que fica mais perto de Ottawa, muita gente nem percebeu e outros acharam que havia sido um caminhão que passara (eu já disse que eu adoro o pretérito mais que perfeito, não?). Aqui em Québec, que fica bem mais longe, só era suficiente para derrubar uma caneta equilibrada em pé.
Aí vai um link de uma das matérias no Canoe.

E esses são alguns vídeos de Ottawa.



















Mas, para agregar algum valor aos futuros québécois, já que existem postagens bem mais interessantes sobre esse earthquake/tremblement de terre/tremor de terra como o do Carlos Last que mora em Ottawa, achei essa também esse vídeo. Não é lá muito papo cabeça, mas achei um bom exemplo de sotaque de francês québécois. É mais ou menos isso aí que vocês vão ter que decodificar nas ruas quando forem pedir informações, podendo ser um tanto melhor, mas também podendo ser pior. Perceba que ela usa palavras do inglês como shaky/oscilante e cool/legal. Isso é mais forte em Montréal, mas tem aqui também em Québec.




sexta-feira, 25 de junho de 2010

Serviços de utilidade pública de outros blogs



Juntei um lote de postagens úteis em relação à imigração, desde o mais geral para o Canadá, até o mais específico para nossa cidade, Québec. Bom proveito.

Imigração para o canadá: por onde começar?
Onde ficar durante o primeiro mês em Québec.
Locação de imóvel: guia para imigrantes.
Canadá, um pais, duas nações.

Luto pelo Leandro Chagas


Eu não era amigo pessoal e só o conhecia pelos emails na lista de discussão, mas nem por isso deixo de sentir pela sua morte súbita que pegou a comunidade de imigrantes e futuros imigrantes de surpresa. Pelo que descreveram na lista Canada Immigration Brasil, ele tinha 30 anos, morava em São Paulo e havia recebido o passaporte com visto de residente permanente do Canadá, uma coisa com a qual ele sonhava muito, e morreu de uma parada cardio-respiratória durante o jogo do Brasil.
Muito ironica e difícil de entender, mas assim é a vida. Por isso, precisamos viver bem cada momento, mesmo os mais tristes.
Me uno ao luto repetindo o gesto do colega de blog Jeison.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vitória do Québec!! Campeão da copa do mundo de 2010!!!

Essa agora foi braba, né? Nem o Canadá tem seleção de futebol para jogar na copa, quanto mais a província do Québec. Apesar da associação digna de um baseado de maconha mofada, existe sim uma ligação forte entre os dois assuntos que se chama patriotismo.
Do lado de baixo da linha do Equador, o brasileiro faz a sua festa e se veste de verde e amarelo por causa da copa do mundo. Os brasileiros daqui também seguem a mesma tradição, salvo algumas exceções nas quais eu me incluo. Levei até um puxão de orelhas da minha mãe por isso. Não me levem a mal. Nada contra!
Já do lado de cima da linha do Equador, a folia lá fora está literalmente do barulho em plena meia noite. O camera foi até a esquina só para levar até vocês a dimensão da comemoração digna de final de copa do mundo.





Fora a multidão barulhenta caminhando na Grande Allée em direção ao Plaines d'Abraham, os carros buzinando e o helicóptero, a festa lá está bonne en maudit/boa pra caramba! Infelizmente, não vão ter cobertura no local por causa das restrições familiares. Estou acompanhando pela televisão e a festa vai até o dia nascer. Tem uma maré azul feita de bandeiras do Québec e muitos vestem a bandeira como capa amarrada no pescoço. Tem gente com rosto pintado, carros enfeitados, etc. Realmente lembra muito final de copa, inclusive com as barulhentas vuvuzelas.
Agora vamos ao âmago da questão. E depois que se passa a copa do mundo? Quando é que o brasileiro veste a bandeira verde e amarela e diz com orgunho para todo mundo ouvir: eu sou brasileiro! Ainda tinha as vitórias do Airton Senna e do Guga, mas nem isso mais. Só é legal ser brasileiro quando o esporte vai bem? Eu sempre tive o espírito patriota, talvez adquirido da educação da escola onde cantávamos o hino e hastiávamos a bandeira, porém nunca fui muito chegado ao futebol. Isso era paradoxal para mim durante as copas e ainda acho incômodo que as bandeiras brasileiras sempre sumam depois das copas.
 Além das várias bandeiras vermelho e branco do Canadá, tem muito mais bandeiras do Québec por aqui. Tem uma praça aqui que tem 10 mastros com a bandeira azul e branca. Mas não estou falando apenas de bandeiras. Essa folia toda festeja o orgulho de ser Québécois, mesmo sem ter nenhuma vitória de esporte a ser comemorada. E esse orgulho ganha um significado ainda mais forte se levarmos em conta toda a história de opressão dos franceses que acabaram sendo subjulgados pelos ingleses e a ainda presente opressão cultural e linguística da nossa ilha em um mar anglófono do resto do Canadá e dos EUA.
Por isso, no dia 24 de junho, dia de Saint Jean, comemora-se a festa da nação Québécoise que cohabita o pais junto da nação de decendentes de ingleses. É por essa razão que se chama fête nationale/festa nacional e capitale nationale/capital nacional em contraste ao Canada day/dia do Canadá (1 de julho) e à capital federal que é Ottawa.
Por isso digo que estão (ou estamos) comemorando a vitória do Québec hoje, que não cai no esquecimento e o próximo ano sempre reserva outra vitória.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Zilhões de pequenas coisas

É fácil perceber alguns aspectos bem marcantes da vida daqui como, por exemplo, a segurança que permite apartamentos que têm apenas uma parede de vidro separando a sala da rua. Mas é difícil de passar para vocês a satisfação que um simples passeio nos proporciona por estar repleto de pequenas surpresas agradáveis. São detalhes que isolados até passam desapercebidos, mas são tantos que fazem a diferença. Para ilustrar, vou mostrá-los dentro de uma pequena estória.
Era uma bela manhã de chuva. Epa! Normalmente é uma bela manhã de sol! Não importa o clima. O povo aqui sai de casa para curtir a vida, faça neve, faça sol (1). Fomos experimentar um programa que só conheciamos através dos filmes e desenho animados norte-americanos: Ir à biblioteca (2).
Tem uma há uns quatro quarteirões daqui (3). No Brasil, teriamos que ir de carro por causa da violência (4). Aqui, criamos o saudável hábito de andar muito, mesmo com o Davi de 3 anos (5). Casacos impermeáveis para todo mundo e vamos lá, afinal, a temperatura está bem agradável (6). A chuvinha fina nem molha a calça então nem precisamos de guarda-chuvas.
Ainda temos algum traço de associação de instituições públicas com algo de qualidade bem ruim. Então, ainda nos dá surpresa encontrar uma biblioteca muito bonita (7), com computadores para o público (8), multimídia (9), e uma seção infantil separada (10). Esta tem um acervo vasto, interessante e atual (11), com livros bem conservados (12).
Escolhemos os livros, mas será que dá para fazer a inscrição? Afinal, eu não havia levado nada! Vamos tentar. A funcionária sorridente foi super gentil e educada, que é muito comum por aqui (13). Basta uma identidade e um comprovante de endereço. Sabia que não ia dar certo!
-O senhor possui carteira de motorista?
-Sim.
-A sua carteira é suficiente, pois ela tem o endereço (14)!
Câline/caraca! (Nota do tradutor que voltou de férias: mais uma suavisação de palavrão, no caso câlice, para ficar socialmente aceita). Nem tinha reparado nisso! Não preciso do kit identidade, cpf, comprovante de residência, título de eleitor (que não existe aqui), alistamento militar com cópias autenticadas. Basta mostrar a carteira de motorista e para muitas coisas, posso enviar uma cópia simples dela por fax ou correios (15).
Pronto! Cadastro feito, já recebi na hora um cartão em PVC (16) válido em todas as bibliotecas públicas da cidade (ops! Não tem só essa. São 25 distribuidas em uma cidadezinha de apenas 500.000 habitantes)(17). Recebi um folheto com o regulamento e a moça perguntou se eu queria que ela explicasse como tudo funciona (18). Claro! E ainda assim, continuei matuto! Legal a parte na qual ela diz:
-Se o dia do vencimento dos livros for um feriado, mesmo assim, a qualquer hora você pode deixar os livros na caixa que fica do lado de fora da porta de entrada que os mesmos serão aceitos (19). Ou seja: não tem desculpa para atrasar!
-E para pegar os livros? Esperando que ela fosse registrar para mim.
-Passe o código de barras do seu cartão em algum terminal de auto atendimento (20), depois passe o código de barras de cada livro, colocando a etiqueta nesta parte para desmagnetizá-la. Se não fizeres isso, vai alarmar na saída (21).
Ainda estou com a mentalidade de que sempre tem que ter alguém fiscalizando tudo, senão algum """"""esperto""""" se aproveita. Ahhh, comedor de rapadura! Mas com um sistema anti-roubo desses, como é que alguém vai fraudar? Não sei, mas os caixas self-services dos supermercados são bem mais fáceis de serem enganados (22). Melhor! Nunca tem ninguém para saber se você vai entrar para pagar ou não a gasolina que você mesmo colocou no seu carro! (23) Apesar disso, prefiro a praticidade do débido automático na própria bomba (24).
E para terminar, como de praxe, a informática aqui normalmente funciona muito bem e torna a vida prática e reduz custos (25). No site www.bibliothequesdequebec.qc.ca podemos consultar o acervo, fazer reservas, ver os livros que pegamos e sermos avisados por email da disponibilidade de reservas ou de atraso, dentre outras funcionalidades (26). Acabei de ter mais outra surpresa durante as minhas pesquisas. A biblioteca tem Internet sem fio para o público! (27)
O mais valioso: Poder desenvolver nos nossos filhos o gosto e hábito pela leitura (28) por ter muitos títulos interessantes, inclusive em inglês também (29). E de quebra, achamos um livro que, apesar de ser concebido para alfabetizar crianças, é muito bom mesmo para nós adultos aprendermos a fonética associada aos grupos de letras em francês (30).
Como podem ver, em um resumo de um evento simples pude contar 30 agradáveis detalhes (o número fechado foi mera coincidência, juro!). Adicione os muitos que não lembrei, outros mais que não tenho como transmitir a vocês como a paisagem colorida da primavera no caminho e ponha isso no dia a dia dos 5 meses durante os quais estou morando aqui.
Isso me faz lembrar do que o amigo Júlio Falcão, que agora mora na Austrália me disse, repassando o que haviam lhe dito:
"Que você encontre lá o que estás procurando, seja este o que for".
Pois bem, achei bem mais do que procurava!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Criando um belo plano de imigração...furado!


Pô, cearense! Ao invés de dizer como fazer um bom plano, tu vai dizer como fazer um plano furado! Bom, evitando os erros estamos na direção dos acertos.
Na verdade, não tem regra porque cada caso é um caso bem particular. Também muita coisa do que vou dizer aqui não é necessariamente errado, desleixo, mancada, furo, ingenuidade, falta de informação, brabice, lezeira, etc. Eu mesmo fiz várias dessas coisas e no final saiu tudo muito bem. Apenas, tenho visto muitos casos de imigração, suas decisões e consequências. Também já vi muita frustração de quem fica e de quem acaba voltando, dizendo que o Canadá não passa de uma grande mentira. Daí, acho interessante no mínimo que vocês tenham conhecimento de alguns pontos e que talvez possam melhorar o plano de vocês. Vamos a eles:

- Época de chegada: Começando pelo mais importante que é o primeiro emprego. Tem profissões que tem mais procura de emprego em determinada época do ano, que não é necessariamente a mesma para outras. Um fator é o período prolongado de férias de verão. Ele esquenta para algumas atividades como as ligadas a turismo e atividades de lazer, mas alguns projetos esfriam porque muita gente tira férias. Vale a pena pesquisar para a sua área.
Chegar logo de cara no inverno pode ser um peso desnecessário. Já temos que comprar as roupas caras de inverno logo, fica escuro às 16h30, não dá tempo de se adaptar ao frio e não é legal fazer transporte de móveis e eletrodomésticos grandes no frio.
As garderies começão a abrir vagas um pouco antes do verão porque depois das férias algumas crianças atingem a idade mínima para começar a estudar nas escolas.
Quem pretende entrar no curso de francisação não quer chegar muito antes para não esperar demais, mas se chegar perto demais, pode ficar sem vaga. Isso varia também de cidade para cidade.

- Procura do primeiro emprego: Dizem que um currículo fora do formato daqui corre sério risco de ir para a lata de lixo (do Windows !) sem nem ter sido lido. ˝Poxa, o cara não se deu nem o trabalho de saber como é que se faz um currículo!˝, pensa o analista de RH. Isso pode prolongar desnecessariamente essa fase. E pouco ou muito, mas o nível de idioma quase sempre atrapalha. Estude muito! Ainda não vai ser suficiente!

- Falta de informação: Neste quesito, existem inúmeras possibilidades. Não pesquisar a área de trabalho na cidade escolhida, não saber o que precisa fazer para exercer a profissão, quando é regulamentada (acreditem, tem gente que só descobre quando chega). Tem gente que morre de medo do frio daqui. Eu mesmo era um deles! Mas por outro lado, tem muitos o subestimam e negligenciam o fato de que vão passar meses de frio extremo todo ano, como se não fosse motivo suficiente para trazer arrependimento.

- Expectativas e frustração: É muito chique morar em pais desenvolvido, primeiro mundo, América do Norte, um quase-que-moro-nos-estados-unidos, etc. Dá para criar mil expectativas de ter uma casona com um gramado na frente, uma lareira para o natal, um Corvette na garagem, etc. Principalmente quem tem um padrão de vida muito bom no Brasil. Tudo bem, eu peguei pelo extremo, mas para muitos, o que acontece é o extremo oposto: desempregado gastando em dólar o que juntou em reais, sem nome no mercado, sem passado, sem amigos (ou quase), sem família, quase surdo-mudo por causa do idioma, andando de ônibus e a pé no frio, em um apartamento pequeno que às vezes só tem o banheiro separado e o resto é um cômodo só, e por aí vai. Para quem é humilde, essa ˝queda˝ não representa problema nenhum. Porém, muitos se sentem em uma situação humilhante pois se vêem como ricos que viraram pobres. E o que a família e os amigos no Brasil vão pensar? Será que você está disposto a pegar um survival job/emprego básico(˝bico˝)?
Também nessa linha de raciocínio, existe a fórmula que diz que a satisfação é diretamente proporcional à boa experiência percebida, mas inversamente proporcional à expectativa criada. Seguindo essa fórmula, o ideal seria se concentrar para superar o lado ruim sem ficar sonhando muito com o lado bom, até porque, como já escrevera (adoro o mais-que-perfeito !) em outra postagem, aqui não é o céu.

- Contar com o incerto: ˝Eu vou morar ali porque assim que chegar vou logo comprar um carro˝. ˝Desculpe, senhor, mas o banco não financia para quem não tem histórico de crédito.˝ Ops! ˝E nós pagaremos essa conta com os 460$/mês da francisação˝. ˇLamento, mas não tem mais vagas nessa turma. Agora só no outono!˝. ˝E todo mundo diz que vou estar contratado em no máximo dois meses, já que sou de TI.˝. Não sei de onde tiraram essa regra que serve para todo profissional de TI com toda essa certeza! Já vi um caso do cara passar anos como faxineiro e nunca mais ter exercido a profissão que tinha de TI. Tendencia, sim. De fato. Mas certeza, não dá. Até porque depende da área de atuação específica e também da cidade.

- Superestimar a empregabilidade: Pegando o gancho do assunto anterior, tem empresa aqui doida para contratar mas não encontra gente para a vaga. Tem deles que diz que o cara não precisa nem falar inglês, nem francês. Pode falar até tagalo (idioma falado nas Filipinas). Mas muitos desses casos são de procura de profissionais bem  qualificados, que têm uma excelente experiência. À medida que o nível de exigência baixa, o universo de candidatos fica maior e os canadenses começam a levar vantagem em relação aos imigrantes. Por isso, não contem que vai continuar sendo gerente quando chegar aqui, ou na mesma função, ou que vai ter uma rede de contatos boa como a que tinha no Brasil.
Também não é bom apostar em um bom salário e se comprometer com gastos altos porque o aluguel, por exemplo, quase sempre é de no mínimo um ano. Como também se comprar aquele carrão à vista e o emprego demorar, pode ser que esse dinheiro faça falta. E também acabam aparecendo contas imprevistas como possíveis (depende da instituição) taxas extras caso não possa pegar os filhos no meio da tarde na escola ou garderie/creche. Então, bote uma folga no orçamento.

- Não incluir toda a família no projeto: A vida da família toda vai mudar, então, todos devem estar incluidos no projeto. Se, por exemplo, o cara está trabalhando, com o idioma bom e bem integrado à sociedade mas a esposa que queria trabalhar ou estudar só fica trancada dentro de casa, sem aprender o idioma e isolada da sociedade, isso tende a se tornar um problema. Para muitos, não necessariamente o trabalho é essencial, mas ter alguma ocupação que tenha interação social é importante como estudar ou fazer trabalho voluntário.
No caso do ex-profissional de TI que virou faxineiro foi o contrário. A família toda estava há anos bem estabelecida e amando o Canadá mas ele, depois de 5 anos como faxineiro aqui, pensava em voltar para o Brasil.

Eu sei que estou pegando pesado e às vezes soa exagerado. É porque para muitos acontece tudo de bom e tomara que seja o seu caso, mas para outros, é realmente uma péssima experiência e muito se deve ao que acontece ainda antes de vir para cá. Por isso que de tempos em tempos eu perco alguns leitores por falar de coisas ruins, mas posso continuar dormindo de consciência tranquila.
Ter a cabeça nas nuvens, mas os pés no chão não é para qualquer um, já dizia a girafa!

domingo, 13 de junho de 2010

Esta é Québec!

Gente! Eu vi esse vídeo e fiquei apaixonado por essa cidade. Opa! Nós já moramos nela, só que nunca tinhamos visto um vídeo com tanta coisa bonita da cidade e filmado de um jeito tão bem feito. Tem até a fachada do estacionamento da empresa onde trabalho! É um conjunto de placas onduladas cor de ferrugem e depois dele aparece a o prédio da Ubisoft.
O vídeo é de encher os olhos. Melhor ainda se colocarem o vídeo em tela cheia.
p.s. Desculpem o bairrismo. Foi a empolgação!





segunda-feira, 7 de junho de 2010

Casinha simpática




Ainda não é hora de procurar a casa ou apartamento para comprarmos, mas resolvemos dar uma espiadinha para sentir como é. São muitos aspectos a serem avaliados: Preço, localização, tamanho, idade, vizinhança, etc. Acho que é uma constante no Canadá todo. Nas regiões mais centrais os imóveis têm uma tendência a serem mais velhos e menores. E na periferia, tem muitos imóveis mais novos e maiores. As cidades crescem para fora.
Mas na verdade, estou embromando. O que eu queria mesmo era mostrar as fotos dessa casa que me deixou apaixonado. Bateu certinho com o meu gosto. Infelizmente, nem forçando a barra não é o momento para comprar, mesmo que fizessemos essa imprudência de comprar estando aqui somente a poucos meses. Teria que conseguir alguém para continuar o contrato de aluguel de um ano. E também o apartamento do Brasil vai valorizar muito depois de resolvido o problema de escritura.
Ahh...mas que dá vontade, dá!

p.s. Desde alguns posts mais antigos, estou usando a galeria de fotos cuja foto de apresentação muda, mas a galeria mesmo é acessada clicando na foto.

sábado, 5 de junho de 2010

Notaram alguma diferença?


Notaram alguma diferença entre as duas fotos tiradas do mesmo quarteirão? Infelizmente, tenho que reconhecer que a foto da primavera é mais bonita que a do inverno.
Vai ficar meio esquisito um cearense cabra macho falando de florzinha. Mas vida de repórter de imigração é assim mesmo. No mais, o Canadá é um pais muito liberal e, como diz um amigo meu, o importante é ser feliz!
Pois bem, a vida aqui muda radicalmente de acordo com as mudanças das estações, que também são radicais. Parece que estamos em outro lugar totalmente diferente. Só para reforçar o que digo, quando cheguei o sol se punha às 16h30. Hoje as crianças vão dormir na mesma hora que o sol se põe: 20h30. Sim! Ainda claro porque mesmo depois que ele se põe, escurece bem lentamente! Demorei para me adaptar a essa mudança tão rápida, pois foi há menos de 5 meses. Ainda ficava esperando ficar escuro para jantar, mesmo morrendo de fome! A vida aqui é tão regida pelas estações que o ano letivo começa em setembro, porque as férias longas de dois meses acontecem durante o verão. Motivo óbvio!
E peço desculpas pelo atraso, pois por volta do dia 21 já vai ser verão. É porque estava esperando as flores desabrocharem, depois a prefeitura preparou os canteiros, e nessa de amanhã vai estar mais bonito, só agora achei que estivesse perfeito. E valeu a pena. Confiram nas fotos.
Voltando à questão das mudanças, agora a galera usa as motonas e os muitos carros conversíveis. Também muita gente usa bicicletas e patins não só para passear, mas no dia a dia mesmo. E os filhos não atrapalham nisso. Tem reboques de bicicleta para carrinho fechado de bebê, extensão de bicicleta ou acoplagem entre bicicletas para o filho maior, patinação com carrinho de bebê com rodas apropriadas para correr, etc. Legal que agora a Réseau de Transport de la Capitale instalou suportes de bicicleta nos metrobuses. Agora a galera vai poder ir de bicicleta até a parada, depois levá-la de ônibus e continuar de bicicleta até o destino final. Isso porque aqui as companhias de transportes competem com o uso do carro.
Quando a temperatura aumenta, e principalmente quando tem sol, os vários parques ficam cheios. Muita gente fica jogando frisbee/disco voador, football/futebol americano, soccer/futebol, volei e as crianças também brincam nos parquinhos. Os parques têm uma coisa que não estava acostumado a fazer no Brasil: curtir a natureza. É muito bom sentir a grama macia nos pés, o vento, a temperatura ideal, nem quente, nem fria, ver as árvores, flores, esquilos, canto dos passarinhos... Pronto! O texto já ficou fifi/bichinha outra vez! Vamos mudar de enfoque!
E com a temperatura agradável, os restaurantes e bistrôs ficam mais movimentados e com as mesas do lado de fora. Tem uns terraços que são ainda mais interessantes, principalmente nos locais mais chiques como a parte da Grande Allée que fica mais próxima de Vieux Québec onde se vê, por exemplo, três Ferraris estacionadas uma atrás da outra. Isso também porque contraditoriamente, parte da vida noturna acontece em pleno sol, que é algo ainda muito esquisito para mim.
Para terminar, a seção de fotos com um show de cores e o vídeo com as cambalhotas da Lara e do Davi curtindo a natureza no Parc des Braves.
Alexei Aguiar, correspondente do Jornal do Imigrante, Québec.